Please do not disturb by any means
Vivemos num belo prédio!
A casa
não é grande! Mas como somos só nós 2 cá em casa (e muitas vezes sou só eu!),
não precisamos de muito espaço… até que, para nós, o facto de não ter muito
espaço, torna-se uma comodidade! Como estamos sempre (literalmente sempre!) a
trabalhar os 2 a um ritmo insaciante, do género “non stop”, a comunicação
torna-se mais fácil e a limpeza também!
Mas, como estava a contar, vivemos num belo prédio! Tem um elegante jardim, para o qual está virada a nossa grande e privilegiada varanda! Tem uma piscina, que dá para o nosso lindo jardim! Tem ginásio, balneários, sauna! E não posso deixar de mencionar a nossa tão peculiar, sempre disponível e casmurra porteira Maria!
Assim
se vai fazendo a vida num prédio pacato, luminoso, com pisos de mármore... e
que para meu grande privilégio se encontra somente a 5 minutos (a pé!) do
hospital!
Mas, às
vezes, de vez em quando, as aparências iludem! E as aventuras e desventuras que
vão acontecendo neste prédio, tornam-se um traço característico de este tão
agradável espaço! A noite passada, teve lugar mais uma de estas crónicas!
Já a
noite estava avançada, a caminho de uma nova manhã, quando a campainha tocou!
Eu, exausta, e bem treinada na arte de pouco dormir, e de não deixar que nada,
durante essas poucas e preciosas horas de sono, me incomodem, ainda pensei cá
para mim “mas que raios! quem me vêm tocar à campainha a estas horas da manhã!
só tenho uma par de horas mais para dormir!” ... ao longe, mas só na minha
cabeça, o som das campainhas começou a desvanecer-se ... não querendo dizer, de
maneira alguma, que a correria pelas escadas e os toques na minha campainha e
na dos vizinhos parassem! Num abrir e fechar de olhos (é como passam as noites
para mim!) ... já era de manhã cedo (aquela hora, em que o sol ainda não
nasceu, tudo é silêncio e os carros não se deslocam [ainda] pelas estradas!), mas que para mim, representa a hora de começar a trabalhar (=estudar!) ... as horas foram
passando, e deram lugar a um dia solarengo, de céu azul, mas extremamente
ventoso! Daqueles em que as persianas não param de bater nas janelas, e as
árvores balanceiam-se como se estivessem a dançar ballet!
Saí de
casa, e quando ia a passar pela porta do prédio, encontrei esta nota (deixada pela nossa casmurra, sempre vigilante! porteira Maria!):

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